terça-feira, 31 de julho de 2012

Apelo à meia noite,

Já passa da meia noite mas vamos fingir que é meia noite certinha.
Aqui estou eu, num canto escuro do quarto, em frente à minha máquina de escrever, de cabelos e barba branca, tudo oferecido pelo passar dos anos e pela putice da vida, isto como se eu fosse muito velho, mas através do que escrevo gosto de dar a ideia que o sou.
Primeiro, acrescentar dialecto calão e asneirado a um texto dá-me o ar de rebelde, de alguém a quem as regras não se aplicam, de alguém dedicado e decidido, que enfrenta a vida, cospe-lhe na cara, dá-lhe um pontapé nas virilhas e ainda solta uma gargalhada maléfica. Ou apenas de tolo. Passemos à frente.
Segundo, em matéria de café, não sou grande apreciador, mas tenho um primo que o é.
Terceiro, o possível leitor já compreendeu que estou apenas a prosseguir com palavras que por acaso se articulam entre si mas que não dizem nada de jeito. Estrangeirismo - brainstormig.
Quarto, acho que vou começar a inventar uma língua qualquer, um português inspirado em criolo ou noutras línguas. Se alguém me criticar ou atrever-se a dizer que falo mal português, mando-o à merda, pelos motivos acima apresentados, e digo que estou a inovar. Agressivo? Não, decidido.
Quinto e último ponto - O apelo.
É um apelo à bondade dos Homens e das mulheres, se neles ainda existir uma réstia de humanidade e de esperança.
Pronto, já fingi de Santo Papa por uns momentos. Vou me dedicar à Décima Oitava Arte. Dormir.

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