quinta-feira, 13 de maio de 2010

Os Senhores dos Deuses

Antes dos Deuses,
Existiram os Senhores, os verdadeiros criadores da terra e do Universo, pais da Humanidade e pais dos Deuses...
Eram Chamados “O Trio Ternura”
Primeiro nasceu Buro Teckira, ou como lhe chamaram os Gregos, Bruno Teixeira, Senhor da Água e do Vento...
Depois Andeu Serafinus, ou André Serafim, como lhe chamaram os Maias, Senhor da Terra e do Fogo...
E por último Darte Herikes, ou Duarte Henriques, como lhe chamaram os Portugueses, Senhor da Vida e do Tempo...

Durante milénios reinaram, até que os Deuses, gananciosos e com sede de poder,os atraiçoaram e prenderam nos confins da Lua,condenados ao eterno sofrimento...
Apenas Um escapou, Bruno, que desapareceu no Buraco de Negro de Osíris...
E o André e o Duarte...na Lua permaneceram, a espera da libertação...

Os Deuses temiam a fuga dos Senhores, porque no dia em que eles escapassem seria o fim do seu reinado e seriam extintos...

Mil anos passaram...
Na Terra, os Humanos, que foram criados pelos os Senhores tornaram-se mentirosos, corruptos, gananciosos e sangrentos, ficaram á Imagem dos Deuses.

Mas, uma profecia lançada pelo Oráculo de Shiba, dizia: “ No ano de 1993, os criadores apareceram sob forma Humana, para salvar o mundo da tirania dos Deuses.”

Felizmente, a profecia estava certa, e, por poderes impossíveis de desvendar, os Senhores nasceram no dia 28 de Setembro, do ano de 1993.

Nasceram como toda a gente. Primeiro bebés, depois crianças e depois adolescentes.
Mas sempre souberam quem eram e qual era o seu objectivo. E, no dia em que fizeram 16 anos, recuperaram os seus poderes e exterminaram os Deuses, que estiveram cegos e não previram a sua chegada.

Depois da morte dos Deuses, ficaram entre os Humanos, sob a condição da Imortalidade, e toda e qualquer pessoa no mundo, respeitaram e temeram...OS DIVINOS DUARTE E SERAFIM!

Ao Sabor do Vento

Acordei e saltei da cama. Cai no chão. Levantei-me e abri a janela. O Sol brilhava bem alto. Estava um dia lindo, e eu, empoleirado na janela, admirava uma paisagem mais que extraordinária. Umas colinas verdes, uns pássaros lindos. Um prédio no meio do campo, não havia estradas nem nada, só verde, só natureza. Sorri. Mas de repente, alguém agarra-me e puxa-me da janela. Era a minha mãe. Encheu-me de porrada. Eu estava à nora, à toa. Pensei, enquanto levava e chorava, “O que é que eu fiz? Eu acho que não fiz nada!”. A minha mãe estava, sei lá, nem sei dizer se estava irritada ou assustada, mas mal conseguia respirar. Parou de me agredir. Eu olhei para ela, todo ensanguentado, de ossos partidos, órgãos esmagados, com as tripas de fora, e sorri, mostrando os poucos dentes que tinha, devido à sova. A minha mãe senta-se num banquinho. Eu ainda pensei em dizer para ela não se sentar, mas fui mauzinho e fiquei calado, e ela caiu, o banco estava partido. Ela olhou para mim, e disse:
- Desculpa...mas antes que chores tu do que eu...
Fechou a janela e foi-se embora. Eu fiquei sem perceber a situação, até que, depois de muito matutar, cheguei à triste conclusão, de que ela foi me bater para se divertir. Claro que chamei a polícia. A autoridade chegou e levou-a. A minha mãe foi de cana. Passaram 3 dias. O meu pai, que tinha ido não sei para onde caçar, ainda não tinha chegado, e a minha irmã, estava em casa da avó, a empanturrar-se com doces e bolos. Fui à esquadra. Olhei para a minha mãe e disse, tristemente:
- É ela...
- Ela vai a tribunal, e pedimos que o senhor vá lá, como vítima, para ela ficar 40 anos na prisão. – disse um polícia.
Enchi o peito de ar. Chamou-me senhor. Fiquei todo convencido:
- Posso...falar com ela? – perguntei, hesitando.
- Sim...
O polícia levou-me a uma sala, cinzenta, com uma cadeira, e um vidro super-forte, que ninguém conseguia destruí-lo, pelo menos foi o que ele me disse. Do outro lado estava a minha mãe, com a fardamenta de prisioneira, cheia de tatuagens falsas, piercings nos lábios de por e tirar, de cigarro na mão, com ar de mafiosa. Fiquei com medo, sentei-me na cadeira. A porta fechou-se. Eu estava sozinho, do meu lado, enquanto a minha mãe, estava do outro lado, com 40 seguranças, todos transpirados e apertados, porque a sala era pequenita. Peguei no telefone, e ela também:
- Olá... – disse eu a sorrir.
A minha mãe nada disse:
- Como estás? Estão te a tratar bem? – perguntei eu, para parecer um bom filho.
Silêncio era o seu nome do meio:
- Porque é que me forças-te a fazer isto? Eu não te queria ver ai! Porque me bates-te sem eu nada fazer?
A Madame criminosa virou a cara, como uma senhora. Levantou-se e, muito calmamente, encheu de pancada os polícias todos. Eu, como cidadão comum, permaneci sentado a ver aquele espectáculo, enquanto comia pipocas.
A minha mãe virou-se subitamente para mim, enquanto o último resistente da pancada sucumbia perante o poder da mulher que me fabricou. Eu gelei. O pacote das pipocas caiu no chão. Puxando do seu braço, usando toda a sua fúria, toda sua loucura e demência, que ganhou no três dias que esteve na esquadra, agrediu o vidro. Comecei a chorar. Estava prestes a ficar negro. Mas algo aconteceu, o vidro partiu-se... e eu, medroso e cobarde, gritei como uma menina:
- SOCORRO!!!!
Ninguém me socorreu. As paredes eram à prova de som. Ajoelhei-me e comecei a rezar em latim, o mais estranho, é que não sabia latim:
- Ave maria, gracia plena...
A minha mãe interrompeu-me, agarrou-me o pescoço, elevou-me bem alto. Os meus pés já não tocavam no chão. Comecei a sufocar. E quando dei por mim, estava num caixão. Falecido. Bati a bota. O Filho morto pela própria mãe.
Acordei batendo na parede. Foi com tanta força que até deixou buraco, na minha mão. Saltei da cama e cai no chão, aleijei-me. Levantei-me e inspirei todo o ar que deu para apanhar. Sorri relaxado, tinha sido só um sonho. Abri a janela. Estava um lindo dia. O Sol brilhava bem alto. Apreciei, debruçado na janela, uma paisagem linda, mas, ouvi as passadas de um gigante feroz, era a minha mãe, de chinelo na mão. Apercebi-me de que ela apercebeu-se que fui que acabei com o gelado. Sem fuga possível, saltei da janela, e abri os braços, com esperança que ia voar. E voei. Quando dou por mim, estava a minha mãe aos gritos, na janela, toda furiosa, irritada, enquanto eu, voava, ao sabor do vento, sobre umas planícies verde clarinho, largando caganitas de pombo em cima da cabeça de carecas. Tão maléfico. Mas, nada do que é bom pode durar, e o meu voo acabou, quando o meu pai disparou sobre mim, pensando que eu era um pássaro, e que ia ser o seu jantar. E lá ia eu, caindo do céu, um anjo, um ser divino, nem dei muita preocupação ao facto das minhas asas, que eram os meus braços, estarem arder. Estava a cair, dando voltas sobre mim próprio. Cai durante horas, nunca mais me espetava no chão, até que, olho bem lá para baixo, nas planícies, e estava a minha mãe, de chinelo na mão, com um sorriso maléfico na cara, pronta a dar-me um enxerto generoso. Comecei aos gritos e a tentar estabilizar o voo, mas já era tarde, e voilá, acordei. Tinha sido só um sonho. Saltei na cama e parti-a. Que chatice. Fui abrir a janela. Estava a chover. Inspirei todo o ar que deu e comecei a tossir, estava poluído. Pus-me a observar aquela paisagem, que se via da minha janela, mas nada se via, só prédios, só estradas, só lixo, só destruição. Voltei para cama, para tentar dormir e sonhar, outra vez, porque ainda era muito cedo, eram 3 da manhã, e a escola só começa às 8.

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