sexta-feira, 29 de março de 2013

A vida de estudante

A minha vida de estudante divide-se em três fases desde que entrei para a faculdade:
A primeira fase - a vida de férias - costumava durar quase 8 meses por ano, e agora costuma durar uma semana, duas semanas. Esta é a fase em que o mundo me vira as costas e eu viro às costas ao mundo. É o meu retiro espiritual. Leio, durmo, como, durmo, vejo séries. O significado da minha vida resume-se à preguiça e eu dela me torno rei. Melhor, imperador, ou mestre das suas artes. Coçar os...sobe para outro patamar e torna-se eloquente, divinal e até mesmo algo nunca antes visto. Enfim.
A segunda fase - a vida louca - dura menos tempo porque o fígado e a carteira não aguentam. É maravilhosa. Implica sair à noite como se isso fosse indispensável, implica lançar piropos e frases matadoras ridículas, mas que serão ecoadas às gerações vindouras, implica adormecer bebedo, acordar bebedo, implica praticar desporto bebedo, porque de outra forma, nunca praticaria desporto, implica dormir fora, comer pouco, porque não há tempo para isso, enfim, implica fingir que sou uma estrela de rock amadora, porque continuo a não chegar aos calcanhares de ninguém dessas andanças. 
A terceira fase - a vida de trabalho. Em tempos esta era um mito. Um mito que soltava gargalhadas sempre que era sussurrado. Hoje é um facto. Existe. Passou de raro a uma regularidade. O que tanto pode ser visto como uma chatice como pode ser visto como uma maravilha. Para ser sincero, ainda não decidi. Por um lado, enoja-me, dá-me vomitos. Sempre que chega apetece-me gritar: Vade retro Satanás, enquanto corro pela minha vida. Por outro lado, faz parte de mim, e sempre que chega, apetece-me soltar foguetes, gritar: Aleluia, it's raining work! No entanto, é um pau de dois bicos. 

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