Sinto-me, na verdade, como aqueles miúdos estúpidos a quem é dada uma oportunidade de ouro, um caminho duradouro para a sua a vida, mas que desistem a meio. Contra factos não há argumentos. É a realidade. E sei que tão cedo não terei outra oportunidade como esta.
Como uns disseram e continuaram a dizer: "Ele vive noutro mundo. Está a perder tempo e não quer fazer nada. " A realidade é que ainda posso querer, e preferir viver feliz com pouco dinheiro. E nesse sentido, não quero viver miserável.
Quero ter um motivo bom e válido para acordar da cama todos os dias.
Terei que voltar à odisseia de envio de currículos. Procurar um novo lugar para trabalhar e para ser explorado. Como é o dever de um jovem na sociedade.
Deixarei para trás excelentes memórias. Não esqueço mentores, como Nuno Silva, Alexandre Azevedo, Daniel Neves. Que me ensinaram desde truques no photoshop como a trabalhar com ângulos fantásticos. Tal como não esqueço os meus directores, que confiaram em mim e que depositaram tempo e dedicação na minha formação. Foi a minha primeira experiência de trabalho para outrem, e melhor só com a papinha toda feita.
Mas o meu lugar não é aqui.
O meu lugar é lá fora. Não faço parte do mundo do Jornalismo. Não faço parte do mundo do marketing ou do trabalho em escritório. E eu, que sempre achei que sabia onde estava e o que queria, estou agora perdido. Ainda não sei onde pertenço.
Tenho muito em que pensar, muito que fazer, muito que corrigir.
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