terça-feira, 30 de julho de 2013

144 horas - terra dos deprimidos.

(o título aldraba tudo)

Praia, Verão, pessoas a mexer no nariz, pessoas a mijar na água enquanto falam com outras pessoas, pessoas a colarem-se às toalhas dos outros, vento, chapéus a voar, crianças a gritar como chimpazés, bolas a voar na nossa direcção, novelas de putos de 14 anos no bom engate à morangos com açúcar, dicas do género "ela é como a net, tá sempre a actualizar", bulling na praia, churros, gelados gigantes, pizas, queimar a pele, mergulho, amonas, fotografia para o face, relax, ler um livro, jogar candy crush, deixar livro a meio, maratona Senhor dos Anéis, tentar outro livro, passeata romântica, beijinho fofo debaixo do lençol, feira do livro, ficar decepcionado por não comprar nenhum livro, kell corte de cabelo, kell aparar pelos da barba, exercício para suar um pouco e descargo de consciência, colheradas de nutella como recompensa, debates de política de cinco segundos, histórias de birras, histórias de natais do tempo das vacas gordas, críticas ao tempo, elogios ao tempo, luta contra o albinismo da irmã, derrota contra ao albinismo da irmã, sardinhada para uns e febras para os outros, avó oferece dinheiro, aproveitar e pedir dinheiro à mãe, pedir dinheiro ao tio, pai oferece dinheiro para não ficar mal visto, pedir dinheiro à tia, tia manda dar uma volta, sair de casa, ver mega samba de sesimbra, ver gordas a dançar quase nuas, castelos branco maluquinhos a dançar esquisito, sesimbra quase a parecer o rio de janeiro, padrinho de praxe meio larilas visita para chular bola de berlim, ver caranguejos como se fossem seres raros e tirar foto com eles.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

24 horas depois

Comecei hoje a minha cruzada de férias e não, não vos vou encher com o quão bom foi ir à praia, passear pela vila, nem o quanto eu merecia estar de férias depois de muito trabalhar blá blá blá. Vim só partilhar umas cenas bué do nice e extremamente inúteis para a vossa vida, meus caros possíveis e imaginários leitores.
Hoje foi dia de derrotar o albinismo da minha irmã. Há dois anos atrás, ela divorciou-se da praia e hoje decidiu reconciliar-se. Vamos ver se a miúda fica preta de vez, como nos velhos tempos, nem que espetemos óleo Fula para cima dela.
Depois a praia tem algumas coisas que me irritam (cabrão, está na praia e ainda se queixa). O excesso de areia, os cães que escavam buracos (tão fofos *.*) e que depois cagam lá para dentro e enterram...e claro, o skimming. O skimming é o que os putos fazem com mini pranchas. Ficam a olhar da borda da água para o mar durante horas e depois, de vez em quando, atiram-se para apanhar umas ondas e fazer uma espécie de surf. Até aqui tudo bem. Porque acho bonito e até gostava de fazer. O problema é que aqui em Sesimbra o mar parece o mar morto, sem ondas. E nunca vi ninguém a conseguir manter-se em pé naquela prancha. Mas continuam a tentar. Principalmente quando estão lá pessoas. E isto consegue chatear mais do que aquilo que todos sentimos quando vamos à praia - com tanto espaço as pessoas vem por as toalhas em cima de mim. Eu acho que skimming foi um desporto inventado pelas crianças para molhar o pessoal. Isso e jogar futebol na praia. Acho que quando for velho, vou comprar uma casa mesmo em frente a um campo de futebol e depois estar sempre sentado no alpendre, para quando a bola bater na minha casa, agarrar numa faca e destruí-la enquanto solto uma gargalhada maléfica. Qual velho do UP qual quê...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A arte perdida de cair da bicicleta

Em alta velocidade, marcha uma foto.
Rio-me face ao perigo.
04:30 - Quero dormir mas não consigo. Já não me lembro da última vez em que dormi e dormi bem. Vou para a sala, e ligo a Zon fibra (viver com os papás tem destas maravilhas) e como só está a dar televendas e a Vida com os kardashians vou ao guia da zon para ver se encontro algo podre para ferrar a dormir enquanto vejo. Basicamente, isto foi para me gabar que tinha Zon em casa. Sou milionário.
04:45 - Depois de muito vasculhar, decidi escolher algo giro e ponho-me a ver o filme "Como perder um homem em 10 dias";
06:12 - Percebo que o filme devia-se chamar "Como conquistar um homem em 10 dias? Faze-lo sofrer e assustá-lo, mentir-lhe, usa-lo para fins profissionais e depois descobrir que o homem estava a fazer o mesmo e depois pedir desculpa e viver feliz para sempre". Choro de felicidade por ver mais um casal feliz.
06:13 - Percebo que não estou a dormir - lembrem-se que estou numa situação complicada. Estou acordado desde das 10 da manhã do dia anterior e tenho o cérebro em batata, podiam-me pedir para apontar a Costa da Caparica no mapa e eu dizia que era em Cascais.
06:14 - Decido sair de casa e por-me na bicicleta. Lavo-me e visto-me à ciclista e ponho-me na rua. Percebo que lavar-me foi algo estúpido visto que vou chegar a casa a suar que nem um cavalo.
06:20 - Volto a casa porque esqueci-me do capacete, e a segurança está primeiro que tudo.
06:45 - Chego ao Marquês de Pombal;
06:50 - Descubro o Terreiro do Paço e chamo-lhe Praça do Duarte. Tiro uma fotografia para registar o feito e para quando regressar ao reino ter provas de que existe terra no fim do mar.
07:34 - estou debaixo da Ponte Salazar. Tiro outra fotografia para registar o feito.
07:48 - Olá Belém.07:53 - Cheguei a Algés. Feliz aplaudo-me a mim mesmo mas não tiro fotografia porque quero ir mais longe.
08:03 - Jamor. É a primeira vez que aqui vim, e é aqui a minha primeira queda, quando decido que mais giro do que espaço que há próprio para se correr e para o desporto, é mais fixe ir para o meio do mato e das árvores, armar-me em campeão de corrida. Sou surpreendido por dois cães. Olá chão.
08:05 - Sonho em ir mais longe, mas não sou nenhum Rui Costa e decido regressar a casa.
08:23 - Belém. Dá-me um ataque de fome, e vou ao primeiro café que me aparece.
Deixo a bicicleta lá fora como se fosse um grande motão, peço um Ucal e uma merenda e sento-me exibindo o meu capacete estranho de ciclista.
08:25 - Um velhote entra no café. Olha para mim de alto a baixo. Olha para a bicicleta que está na rua. Dá-me um tiro e foge com a bicicleta. Mentira mas podia ter sido. Pede um galão. Senta-se numa mesa à minha frente e pergunta-me: oiça lá, a bicicleta é sua?
Eu respondo: sim, porquê?
Ele olha me alto a baixo, provavelmente notando o meu espetacular físico e diz: então mas explique-me, você é ciclista ou futebolista? (isto porque levava gandas meias de futsal porque ainda não percebi que tipo de meias se deve levar e assim.
08:45 - Terreiro do paço. Sinto o telemóvel a tocar e distraio-me. PUMBA, mesmo em cima de porsche.
O dono da viatura sai a mandar vir, a insultar a minha mãe, a insultar a mãe dele, o que não percebi e achei uma falta de respeito, dá um pontapé no pneu enquanto espumava de raiva e eu pedia desculpa. Disse-me: sabe que estes carros são um balúrdio? vem com a mania que é condutor e depois faz esta merda.
Por momentos calei-me e pensei em juntar o carro que estava atrás de nós à discussão dizendo que a culpa era dele, porque estava me a perseguir, mas só ia a 20 quilómetros por hora, porque é esse o limite estipulado pela lei, e que deu com o focinho do carro na minha roda e que isso me fez despistar.
08:56 - Saldanha. Estou roto. De rastos. No entanto vejo imensas pessoas a olhar para mim. Penso: fogo isto parece a Volta a Paris ou assim, wow, brutal, vou soltar as mãos do "volante" e agradecer - se calhar é melhor não, que me espeto todo. Depois lembrei-me que estava com um visual esquisito. Parte de cima - gajo da bicla. Parte debaixo. Gajo da bola.
09:10 - Descubro o verdadeiro motivo pelo qual as pessoas olhavam para mim.
Estava com o rabo à mostra.

Agora vou partir de viagem, querido diário, e devo dizer que estou ansioso. Porque pode ser desta que durma um bocadinho. No entanto, algo me diz que se adormecer, acordo 20 horas depois, como se fosse um leão.
O que me deixa a pensar. Se um leão só está acordado 4 horas, o Simba bateu recordes. Estava no modo Hakuna Matata por volta das 4 da tarde. Chega a Nala, cantam o nesta noite o amor chegou e já são 9 da noite. Horas de caminha. Mas não, o Mufasa chega. Isto já é meia noite. Fala com o macaco e começa a correr que nem um desvairado para salvar o reino. Chega ao deserto são duas da tarde. Reino, 4 da tarde. Luta com Scar, chove uma beca, são 6 da tarde e o reino está salvo. Rosnar um bocadinho e a seguir é que deve ter ido dormir.
Desculpem o texto gigante.
São horas de divagação.

A minha tromba à frente do Mosteiro do Jerónimo.
Próxima foto de perfil, oh yeah

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