terça-feira, 31 de julho de 2012

Falemos de nada

Hoje acordei mais cedo que o dia.
Olhei para o lado e apeteceu-me ler um livro. Tudo mais que lido. Já passaram cerca de 15 anos desde que aprendi a ler pela primeira vez e ainda...esqueci-me do que ia dizer. Não devia ter importância.
Olhei para o céu, mas só vi o tecto. Limpo mas para mim e para os meus padrões de limpeza estava completamente cagado.
Acordar mais cedo que o dia. Que falta de interesse. Só se for para fazer uma surpresa a uma amada - pequeno-almoço, café, lavar os dentes antes do beijo - mas como não tenho nenhuma, não há interesse.
Queria adormecer outra vez. Tive um pesadelo horrível. Matava os meus pais.
Estava a mentir, mas agora o possível leitor acha que sou um psicopata americano, um autêntico louco homicida e isso diverte-me. Vá, chame a policia. Ou então recomende-me uma ida ao psicólogo.
Digo-lhe em primeira mão que não vou. Nem para a prisão nem para um escritório onde serei tratado por um mero negocio, bastante semelhante a coisas estranhas de videntes, mas com melhor aspecto e melhor nome que professor Mamaki.
Mas tive de facto um sonho, não pesadelo.
Sonhava que as minhas avós iniciavam uma corrida de carroças contra um primo meu bastante rico, com ar do senhor da mansão das coelhinhas, mas não digo o nome dele para dar uma de qualquer coisa. Elas iam numa carroça. O meu primo ia num carro desportivo extremamente veloz. Não indico aqui nomes porque o meu conhecimento sobre carros é nulo.
Venceram elas mas despistaram o carro. Foi um desastre porque não tiveram hipótese de saborear a vitória e tiveram que apanhar os ovos que não se partiram. Iam para uma daquelas convenções secretas de avós, que desejam enfardar o mundo com doces e montes de coisas.
Bom, acordei mais cedo que o dia.
O que eu dava para voltar adormecer. Se calhar não dava nada de jeito.
Apetece-me dizer que ganhei a lotaria, para ver se vinham montes de pessoas assaltar-me a casa. Depois podia-me dedicar à minha arte de matar pessoas, e fazia jogos de fome e de gladiadores.
O possível leitor deve achar-me um completo lunático homicida. Acha mal.
Sou só louco.

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