sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Torno-me poeta depois da meia-noite.

A forma mais explícita e mais, digamos, esclarecedora de nos exprimirmos não é através de palavras, escritas ou pronunciadas, pois são pensadas, elaboradas e organizadas, e não chegam para exprimir as emoções da sua forma mais honesta e elementar. Palavras para quê se não são o suficiente?
É através do olhar que somos mais directos e sinceros. A janela da alma de uma pessoa.
Olhar. Essa raposa calada que sente e que demonstra o que sente, que nos traí quando queremos esconder, que nos salva quando não conseguimos descrever. É o olhar que demonstra verdadeiramente se gostamos ou não gostamos, se choramos ou rimos, que demonstra o prazer, que demonstra o gozo, tristeza, desprezo, a mais sincera alegria. E é o olhar, que por mais que tentemos disfarçar, esconder, mentir, que por mais que tentemos esquecer, que denuncia sempre a outra raposa que é o amor.

Damn.

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