quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Decidi escrever um argumento

Faz agora um ano.
Como todos os supostos cronistas e escritores que se prezem, tive musas por detrás do argumento. A primeira nunca falou francês à minha frente, não sei bem porquê e a segunda venera cães.
Em tempos, já esteve pronto, terminado e com o bonito número de vinte e sete páginas. Mas depois de lido e relido, o seu destino foi a lareira, para parecer mais poético.
Agora está perdido em centenas de folhas soltas, com ideias, costumes, actores que eu gostaria de usar se tivesse orçamento, cronologias, anexos, etc. Estou até espantado com o excesso de referências a clássicos que estou a tentar fazer. Imagino-o como um épico, mas a primeira vez que o li vi-o como uma bosta.
No entanto, tenho sido teimoso e quero contrariar algo que foi regular no passado, a minha tendência de abandonar projectos a meio do nada. Dizem que a adolescência é o grande boom de ideias, mas somos demasiado confusos e problemáticos a nível mental para conseguir utiliza-las. Pode ser que daqui a cinquenta anos, já na suposta fase madura, consiga utilizar algumas ideias que tenho tido nos dias de hoje. Ou pode ser que não. Pode ser que olhe para elas e diga: ridículo. Ou pode ser simplesmente que esta argumentação de excesso de ideias mas que não as consigo usar, tenha sido só uma desculpa.
Enfim.

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