segunda-feira, 14 de junho de 2010

Corrupção na sala 20 - 2ª Parte

Bela Morgue. Só o nome inspira desconfiança. Num passo de cada vez, um mais lento que o outro, Bela chegou ao pé de Filipa. Roubou-lhe os testes. Examinou-os e disse:
- Hum...têm razão Filipa, obrigado, vou tirar 5 pontos ao Duarte.
- O QUÊ? - perguntou Filipa passada da cabeça.
- Sim, não ouviu? Ai que surda, vou tirar 5 pontos ao Duarte.
- Desculpe lá, mas você é anormal? Meio esparvoada não? Confesse lá. Eu não tenho culpa que corriga mal os testes, aliás, se já os corrigiu em casa, não vai corrigir agora, só se for para aumentar - disse Filipa, sem papas na língua. Duarte, eu, ignorou aquela situação e foi chatear as outras colegas na sala. Sim que havia mais pessoas dentro da sala, mas são figurantes. Bela Morgue ficou parada. O seu olho piscava. Estava furiosa. Não disse nada e foi para o seu lugar, reflectir sobre póneis.
Filipa também se passou. A injustiça manteve-se e até piorou. E assim, louca de raiva, de olhos fechados, sacou da espada e matou a Bela. Claro que foi só um pensamento. Chamou-me e partilhou a sua raiva comigo. Fiquei todo negro, foi uma grande tareia. Mas então, depois disso, eu, Duarte, armado em grandioso, em corajoso, ergui-me, embora de cara partida, ossos rachados, e disse:
- STORA, como sou delegado, exigo justiça!
Bela olhou para mim, e disse:
- Tens razão, desculpa, e até te vou compensar.
Bela agarrou no meu teste e deu-me os pontos que roubou, e mais outros 5, por outro exercicio.
- E a Filipa? Não vai mexer no teste dela? - perguntei.
- Não - disse Bela virando-me a cara.
Eu olhei para a Filipa, que sorriu, tentando esconder a raiva, e disse:
- Posso ir à casa de banho?
- Pode - disse Bela bufando.
Filipa saiu, com um sorriso falso, tentando disfarçar a raiva. Eu topei que ela não estava bem, mas adormeci e não pude ajudar.
Fora da sala, Filipa explodiu. Foi terrível. Não para mim, que estava dentro da sala, a dormir, mas para o resto da escola. Partiu tudo. Foi os vidros, o chão, rachou a parede, as continas, foi um massacre total. Ela começou a chorar. Meteu-se na bebida. Era tudo, desde de vodka a absinto. Drogou-se. Entrou em depressão. O Serafim passou por ela, mas com medo, fugiu, porque ela estava de olhos abertos, o que era grave.
Filipa regressou à aula. Mas tocou e acabou a aula. Filipa vai para sair, com a mala ás costas, mas Bela tranca a porta e diz:
- Olhe Filipa espero que não leve a mal, mas eu acho que não fui injusta, e os meus critérios estão correctos.
- Pois mas não estão, corrigiu mal, e depois, a modificar, foi injusta. Primeiro tira pontos ao meu colega, depois dá-lhe e não me dá a mim. - disse Filipa.
- Pois, não se preocupe, 5 pontos a mais ou a menos não mudam nada, deixe-se de coisas e vá-se embora.
"Não mudam nada ahn? Lagarta coxa...devias morrer...sua formiga..." pensou Filipa, que depois sorriu falsa e disse:
- Tem razão, então passe bem.
Bela sorriu e virou-lhe a cara.

Para Filipa Oscilação, lembra-te, a injustiça calha a todos...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Post Ads (Documentation Required)

Author Info (Documentation Required)